Utilizamos cookies para oferecer melhor experiência, melhorar o desempenho,
analisar como você interage em nosso site e personalizar conteúdo. Ao
utilizar este site, você concorda com o uso de cookies.
Para maiores informações acerca do tratamento de dados pessoais,
acesse nossa Política de Privacidade.
As chuvas torrenciais que devastaram o Litoral Norte de São Paulo deixaram muitas pessoas sem ter onde morar e quase cinquenta mortos. Muitos moradores também tiveram seus automóveis tomados pela água, com perdas mais significativas para os que estavam nas ruas durante o temporal.
Segundo a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), entre os dias 19 e 20 de fevereiro, empresas seguradoras já realizaram 2,7 mil atendimentos relacionados a veículos nas cidades de São Sebastião, Guarujá e Bertioga, nessa região do litoral paulista.
Em muitos casos, é possível atenuar os prejuízos de alagamentos. A cobertura do chamado seguro total de automóveis — modalidade mais comum entre os brasileiros — inclui falhas decorrentes de inundações, vendavais, ressacas de mar e queda do carro de pontes, além dos casos em que elementos externos caem sobre o veículo. Mas o pagamento pode não ser feito se houver negligência constatada do motorista.
Mesmo assim, segundo o professor da Escola Nacional de Seguros, José Varanda, o consumidor deve sempre checar o contrato com a seguradora:
— O seguro total conta com uma franquia. É o valor que deve ser pago pelo cliente em caso de necessidade. O montante que ultrapassar a franquia é coberto pela seguradora. Agora, quando há um prejuízo de ao menos 75% do valor do carro, as seguradoras mantêm indenização integral — pontuou.
O que fazer após o incidente?
Geralmente, em caso de alagamento, a recomendação é avisar diretamente a seguradora e deslocar o veículo para uma oficina credenciada. Há empresas que oferecem descontos na franquia quando o cliente busca um estabelecimento reconhecido.
Depois, a seguradora envia um perito ao local, que atesta os estragos no carro e elabora um orçamento para reparo. Se constatado que o motorista insistiu em passar em vias alagadas ou que aumentou os danos por negligência, há risco de perda parcial ou integral da cobertura.
Em casos de alagamento, se a água atingiu o painel e houver pane elétrica, a indenização é integral. Se afetou tapete e bancos, por exemplo, é feita a higienização e uma avaliação dos danos.
Como explica Marcelo Sebastião, presidente da Comissão de Seguros Auto da FenSeg, quando a água chega até os bancos, possivelmente já afetou parte do sistema do carro:
— A regra é que a inundação afeta de baixo para cima. Se atingir os bancos na parte superior, deve atingir o painel e pode chegar a uma indenização integral.
O recomendável em casos de alagamento, para Varanda, é sempre procurar um lugar seguro assim que o nível da água ultrapassar a metade das rodas.
— Também evite subidas e mantenha o ar condicionado desligado. O ideal é andar velocidade menor, em primeira marcha, para diminuir variações no nível da água. Se o carro morrer, não dê partida. Saia — diz o professor.
Nos dois casos, o segurado pode ainda personalizar o seguro, incluindo proteção aos vidros, carro reserva, motorista da rodada e lucros cessantes (para quem usa o veículo para o exercício do trabalho, como os taxistas).
Sebastião diz que não há diferença na cobertura para os segurados que moram em áreas de risco.
— As empresas precificam a cobrança de acordo com as regiões de circulação. A cobrança já considera aspectos como o modelo do carro, a segurança do local e riscos de alagamento, por exemplo.
Como são os tipos de proteção para veículos
Cobertura para roubo, furto e incêndio: inclui apenas os riscos de raio, incêndio, explosão e roubo ou furto.
Cobertura compreensiva básica (ou completa): inclui colisão, incêndio, roubo e furto, alagamento, queda de árvore, vendaval, granizo, raio e explosão.