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O verão é o grande momento da vida do brasileiro, ou pelo menos de boa parte das famílias brasileiras. É o período das férias longas e milhões de pessoas deixam suas residências para viajar para todas as partes, no país e no exterior.
O período das férias escolares é a época ideal para as famílias viajarem juntas e desfrutarem em conjunto as delícias do doce não fazer nada.
Doce não fazer nada muito mais hipotético do que real, já que é justamente neste período do ano que o número de acidentes de todas as naturezas sobe bastante. E sobe porque milhões de pessoas decidem fazer de tudo, desde manter os atos de rotina até desafiar a sorte em esportes radicais, com os quais não estão habituadas. Para não falar no doce aumento do consumo de cervejinhas e batidinhas que dão coragem para fazerem o que não sabem e tiram a competência para lidar com as situações à frente.
A aventura começa em sair de casa e entrar na estrada. Boa parte dos motoristas que dirige nas férias não tem qualquer prática em dirigir em rodovias. Além disso, nem todos concordam que a manutenção do veículo é fundamental para uma viagem segura. O resultado dessa soma é o aumento significativo do número de acidentes e de mortes nas rodovias brasileiras nesse período de férias de verão.
Mas a realidade não muda, nem se ameniza, depois que as famílias chegam aos seus destinos. Ao contrário, os acidentes de trânsito seguem em alta, motivados, invariavelmente, pelo consumo de álcool pouco antes de pegar o carro.
Ao longo do período de férias, as praias são uma tentação constante, com os banana-boats, caiaques, motos aquáticas, pranchas de surf etc. chamando as pessoas para experimentarem suas delícias. O resultado é o aumento do número de afogamentos, atropelamentos e quedas que machucam e matam centenas de pessoas.
E o quadro não é diferente para aqueles que buscam o interior. Passeios a cavalo, de charrete, voo livre, rapel, banhos de cachoeira, rios e lagos cobram seu preço em vítimas de todas as naturezas, desde pequenos machucados, tratados a esparadrapo e antisséptico, até ferimentos graves, capazes de causar invalidez ou mesmo a morte.
Como se não bastasse, a criminalidade aproveita o momento para aumentar sua atuação. As residências fechadas enquanto as famílias estão viajando são um convite para os ladrões. E os locais de férias caem como uma luva para bandidos de todos os portes exercerem suas atividades, assaltando pousadas e casas, roubando celulares, atacando as pessoas para roubar os tênis da moda etc.
As seguradoras sabem disto. Elas têm acesso às estatísticas oficiais, desenvolvem ações em conjunto com as autoridades encarregadas da segurança da população e radic. Além disso, em função de sua operação e das medidas de proteção do negócio, elas tomam medidas que minimizam os danos decorrentes do aumento dos acidentes durante as férias.
Antônio Penteado Mendonça é sócio de Penteado Mendonça e Char Advocacia e secretário-geral da Academia Paulista de Letras