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De acordo com o Censo Agropecuário elaborado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil possui mais de 5 milhões de estabelecimentos rurais que ocupam cerca de 41% da área total do país. Para atender a este público, o mercado segurador oferece o seguro rural, proteção destinada principalmente para produtores rurais, agricultores, pecuaristas, piscicultores e outros profissionais envolvidos na atividade agropecuária. Em alta, o produto registrou crescimento de 39,5% em 2022, de acordo com dados da CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras). Seguindo o mesmo movimento ascendente, nos estados do Nordeste e Nordeste o crescimento foi de 34,8%.
De acordo com Joaquim Neto, representante do Sindseg N/NE (Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste), alguns fatores explicam o crescimento do Seguro Rural em 2022, mesmo que ainda apenas 15% da área plantada brasileira esteja segurada. “Primeiro, os agricultores tiveram muitas perdas no ano de 2021, com seca e geada na safra de grãos de inverno (maio 2021), geada no café e nas hortaliças (julho 2021), granizo no café nas hortaliças, nas frutas e no momento de plantio da safra de grãos de verão (setembro 2021), e seca na safra de grãos de verão (dezembro 2021). Estas perdas estimularam que mais agricultores buscassem a proteção do seguro”, explica.
O especialista aponta ainda que os aumento dos custos de produção, principalmente dos insumos, como fertilizante, semente e defensivos, e o aumento de valor das commodities e desvalorização da moeda real frente ao dólar, também contribuíram para o crescimento do seguro rural em 2022. “O produto dispõe de uma cobertura ampla que pode atender a qualquer faixa de produtores rurais, sejam elas de pequeno, médio ou grande porte”, completa.
O objetivo do seguro rural é proteger os produtores contra perdas financeiras causadas por eventos adversos, como condições climáticas desfavoráveis, incêndios, acidentes e outros riscos que possam afetar sua produção agropecuária. “É um produto abrangente, cobrindo diferentes aspectos das atividades, incluindo culturas, pecuária, aquicultura, florestas, máquinas e equipamentos agrícolas, entre outros, protegendo esta que é uma das principais atividades econômicas do Brasil”, finaliza Joaquim.
Somente em 2022, o segmento pagou mais de R$ 10,5 bilhões aos produtores em indenizações, uma alta de 47,1% ante o mesmo período do ano anterior. Para 2023, a projeção é que o seguro rural siga crescendo, alcançando um aumento em vendas de mais 7,3% a nível nacional.