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O setor de seguros vai experimentar aumento de arrecadação de 12,9% em 2022 ante 2021 e deve avançar 10% em 2023, projeta a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg).
Sem o segmento de Saúde Suplementar, o crescimento projetado na arrecadação em 2022 sobe para 17,1%. Para as projeções sobre o fechamento de 2022, foi considerada uma alta do PIB de 2,6%.
Em 2021, essa fatia do setor sem os planos de saúde arrecadou R$ 306,4 bilhões e, se confirmada a projeção (+17,1%), esse montante deve subir a R$ 358,8 bilhões nos 12 meses de 2022. Até outubro, o setor arrecadou R$ 294,6 bilhões sem considerar planos de saúde.
Segundo o presidente da CNSeg, Dyogo Oliveira, a previsão de aumento das receitas de 10% em 2023 leva em conta uma projeção de expansão do PIB de 2,2%, amparada no aumento da renda das famílias, amparada entre outros fatores na manutenção e aumento dos programas de transferência de renda.
“A aprovação da PEC da Transição e medidas fiscais previstas permitirão uma ampliação da renda disponível das famílias e o aumento do investimento público, levando aumento da atividade econômica em 2023. Estamos otimistas para o próximo ano”, disse Oliveira, que foi ministro do Planejamento no governo Michel Temer.
Ao desagregar o crescimento de 12,9% a ser verificado em 2022, a CNSeg aponta como maior destaque o segmento de Danos Responsabilidades, cujas receitas devem subir 25,2%.
A projeção para Capitalização é uma alta de 18,2% e, para Cobertura de Pessoas, que vende seguros de Vida e Planos de Previdência, de 13,1%. As receitas dos planos de saúde devem subir 7,7% no ano.
Em 2022, o mercado brasileiro de seguros vai alcançar uma participação equivalente de 6,4% do PIB, igual ao verificado em 2022. Para 2023, a CNseg projeta que o setor alcance 6,6% do PIB.
Para Oliveira, com a estabilização da economia ainda na esteira do fim da pandemia de covid-19, o negócio de seguros vai voltar a ganhar participação no PIB, o que definiu como uma “tendência de longo prazo do setor”.
“Em países desenvolvidos, a indústria de seguros tem participação superior a 10% do PIB, o normal é algo entre 11% e 12% (do PIB)”, disse Oliveira.
Desempenho até outubro
Excetuando o segmento de Saúde Suplementar, a arrecadação do setor de seguros até outubro de 2022 foi de R$ 294,6 bilhões, uma variação de 17,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior, informou a CNSeg.
O segmento Família VGBL foi responsável por 33,4% da evolução nos dez primeiros meses do ano. Automóvel representou 23,5% e Rural, 7,7%. Capitalização impulsionou a alta de 7,5% e Vida, 7,0%, informou Oliveira.
O fechamento de 2022 será conhecido até o fim do primeiro quadrimestre de 2023, a partir da divulgação da base de dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Entre janeiro e outubro desse ano, o pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios somou R$ 182,9 bilhões, 18% a mais que no mesmo período de 2021, sem considerar o segmento de Saúde Suplementar. Em todo 2021, esses pagamentos somaram R$ 189,3 bilhões.
No período, os produtos que mais pagaram foram Família VGBL (48,9%), Automóvel (13,9%), Capitalização (9,9%), Rural (5,5%), Família PGBL (5,1%) e Vida (3,7%).